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Peregrinação, os Caminhos para Santiago de Compostela, o Caminho Primitivo

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As peregrinações católicas  O catolicismo tem uma forte tradição de peregrinação, para locais citados no Novo Testamento ou locais associados à santos e milagres. É comum peregrinação a locais de aparição da Nossa Senhora (Virgem Maria). No Brasil, o maior ponto de peregrinação é o Santuário de Nossa Senhora de Aparecida. A peregrinação não necessariamente deve ser a pé, pode ser feita de bicicleta, ônibus, carro, etc., o intuito é visitar o local, não importando os meios. As peregrinações servem à vários intuitos : para pagar uma promessa, para expiar um crime ou falta grave, para pedir um milagre de cura, para agradecer, ou simplesmente para aumentar a fé em Deus ou em uma entidade religiosa. A peregrinação sempre foi encorajada pela igreja. Na Idade Média, Roma e Jerusalem eram grandes centros de peregrinos. Entretanto, no século VII os turcos otomanos, mulçumanos, conquistaram boa parte da Europa e Jerusalem. Os católicos escolheram então outros locais de peregrinação.

Ascenção, queda e renascimento

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Ascenção, queda e renascimento das peregrinações a Santiago de Compostela ; os Anos de Júbilo (Post escrito em 20/10/2018) O auge do Caminho deu-se a partir do século 11 até o inicio do século 13. Neste período, chegou Santiago de Compostela a receber mais de 350.000 peregrinos por ano, um número bem maior que o atual. A partir da metade do século 14, as peregrinações a Santiago começaram a cair no esquecimento. As doenças, como a peste negra, as reformas religiosas, o confisco dos bens imoveis da igreja pela monarquia (incluindo aí confisco de albergues de peregrinos), o aumento da criminalidade nos caminhos, a abertura dos caminhos a Jerusalem e Roma (com a queda do Imperio Otomano), e outros acontecimentos, fizeram que os Caminhos fossem lentamente esvaziados. Em 25 de Julho de 1867 uma Missa do Peregrino registrou apenas 40 participantes, Finalmente, em 1939, por ocasião do final da Guerra Civil Espanhola, o ditador Franco declarou que a vitória dos Nacionalistas deu-se graç

Os mouros na península ibérica

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Os mouros na península ibérica Por toda Espanha é muito presente a arte dos árabes mulçumanos (mouros), por isso vale a pena saber algo sobre esse assunto, os mulçumanos ibéricos. Quem eram os mouros Mouros, mauritanos, mauros ou sarracenos são considerados, originalmente, os povos oriundos do Norte de África, praticantes do Islã (mulçumanos), de onde hoje se encontram Marrocos, Argélia, Mauritânia e Saara Ocidental. Estes povos consistiam fundamentalmente nos grupos étnicos berberes e árabes. Foram invasores da região da Península Ibérica, Sicília, Malta e parte de França, durante a Idade Média. Entretanto, a maior parte dos mouros da Península Ibérica eram descendentes de ibéricos convertidos ao islamismo. Ou seja, eram originarios da miscigenação entre o povo conquistado (os ibéricos) com seus conquistadores (os mouros). Na Antiguidade, as populações que habitavam a região noroeste da África chamavam suas terras de “Mauritânia”, por isso, os romanos passaram a chama-los de “mauros”,

Santiago Matamouros–a batalha de Clavijo

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A lenda de São Tiago matador de mouros . A Batalha de Clavijo Para os historiadores mais aprofundados, esta batalha nunca aconteceu, tratando-se de pura lenda. Porem por séculos ela foi contada de geração a geração, fazendo hoje parte da cultura e folclore espanhol. A batalha teria ocorrido no decorrer da reconquista, a expulsão pelos cristãos, dos mulçumanos invasores. Os cristãos foram liderados por Ramiro I das Astúrias, e os mulçumanos pelo Emir de Córdoba. A batalha teria ocorrido em 23 de maio de 844. Conta uma lenda que os cristãos eram em inferioridade numérica nesta batalha, e que São Tiago teria descido dos céus montado em um cavalo branco, e liderado os cristões a vitória. Por esse motivo, São Tiago é também conhecido na Espanha como “Santiago Matamoros” (“São Tiago matador de mouros”). Late medieval engraving of the battle of Clavijo by Martin Schongauer Por todo o Caminho Frances, o peregrino vai se deparar com estátuas e gravuras de Santiago Matamoros, nas igrejas, mus

As ordens militares e a Ordem de Santiago da Espada

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Após a tomada de Constantinopla, pelos turcos mulçumanos nos fins do século XI, os peregrinos cristãos em suas passagens por algumas regiões ocupadas pelos mulçumanos passaram a sofrer violências, roubos e ameaças praticadas não só pelos mulçumanos, mas também por assaltantes que rondavam os Caminhos. As Ordens Militares Religiosas nasceram para proteger os peregrinos que rumavam a Terra Santa, a Roma e a Santiago de Compostela. Elas surgiram quase em todas as regiões da Europa. Segue-se uma lista de ordens militares documentadas na Wikipédia, ordenadas pela data da sua fundação: 1118 - Ordem dos Templários 1136 - Ordem de São João de Jerusalém 1142 - Ordem de São Lázaro de Jerusalém 1154 - Ordem de Alcântara 1158 - Ordem de Calatrava 1170 - Ordem de Santiago da Espada 1176 - Ordem de Avis (ramo da Ordem de Calatrava) 1190 - Ordem Constantiniana de São Jorge 1193 - Ordem Teutónica de Santa Maria de Jerusalém 1218 - Ordem de Nossa Senhora das Mercês 1246 - Ordem dos Cavaleiros da Conc