Astorga ----- Rabanal del Camino
O caminho de Astorga até Rabanal del Camino
13 de maio de 2018 (20,6 km)
Saimos de Astorga no horario de sempre, 8:00. Fizemos apenas uma parada para um café e banheiro e dali para frente seguimos direto, sem parar. Ali por meio-dia adiante, não achamos restaurante legal, por isso decidimos almoçar em Rabanal : eu já tinha visto no Google alguns restaurantes lá.
Na saida de Astorga, uma igreja decorada com mosaicos, estilo bizantino.
Mosaico bizantino.
Ermida Ecce Homo em Valdeviejas, pouco depois de Astorga. Não sei por que esse nome esquisito. “Ecce Homo”, “Eis (aqui) o Homem”, foi a fatídica frase que Poncio Pilatos pronunciou ao condenar Jesus Cristo. “Eis aqui o Homem que voces querem ver cruxificado”.
Casa de pedra em Murias de Rechivaldo. A partir daqui, não se vê mais as casas de adobe. Muitas, muitas pedras.
Chegando em Santa Catalina de Somoza, mais um vilarejo, todo de pedra.
Bonequinho chines convidando a gente entrar no bar. Tá meio tristinho o chinesino, coitado. Em Santa Catalina de Somoza.
Santa Catalina de Somoza
Lojinha de artigos para peregrinos. Muitos peregrinos saem sem cajado, e depois compram de madeira.
Saindo de Santa Catalina de Somoza. O Caminho começou a ficar apinhado de peregrinos. Quando a gente saiu, em Saint Jean Pied de Port, estava muuuuito vazio. Muitos peregrinos começam a caminhada em Leon.
El Ganso, já proximo a Rabanal del Camino, nossa final de etapa.
El Gason – Cowboy Meson Bar. Um luxo só.
Ermida abandonada em El Ganso
A certa altura, um proprietário de terras mandou cercar sua propriedade com esta cerca de arame. Os peregrinos começaram a formar cruzes de gravetos nela. A cerca de cruzes se prolonga por meio quilometro ou mais.
Deixei a minha cruz…
Mapa da area metropolitana de Rabanal del Camino.
Chegamos cedissimo em Rabanal del Camino, as 13:50. Decidimos almoçar antes de ir para o hotel, pois encontramos um restaurante que parecia ser bom, o El Tesin. Almoçamos, e ao pagar a conta, a garçonete, uma moça enorme, alta e forte me perguntou “Voce não é o Sr. Massayuki ?”. Levei um susto, “estou sendo procurado”, foi a coisa que bateu na minha cabeça. Um pouco assustado, disse que sim, era eu. Ela disse então que estava me esperando, preocupada. Pois ela era a dona e também a única funcionaria do hotel. Tinhamos feito reserva e ela disse que havia deixado um bilhete na porta do hotel, informando que estaria trabalhando no restaurante. Passado o susto, ela nos levou de carro até o hotel, fizemos o chek-in.
“Nosso” quarto, no Hotel Indie. Os móveis parecem ter sido comprados num mercado de pulgas. Um polaco de cada colonia: uma cama de ferro, uma cama de madeira e um criado mudo de MDF. Na parede, uma pintura brega, e as colchas hipnoticamente coloridas. Adorei o quarto.
O hotel era um casarão muito antigo. Não duvido que seria do século XVIII. Nele havia um aviso, pedindo para deixar a porta da frente para rua apenas encostada, porem destrancada. Uma gambiarra no trinco fazia com que ela não se trancasse. Aqui no Brasil, imagine, haveria um aviso dizendo “não deixe a porta destrancada”.
Hotel Casa Indie.
Final de tarde, ruas melancólicas e silenciosas. Na rua, alguns gatos e cachorros errantes.
Pedras, pedras, pedras, isso é Rabanal del Camino.
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