O caminho de Puente la Reina até ESTELLA

23 de abril de 2018    (21,9 km)

Esta etapa é das mais tranquilas e bonitas do caminho.

Saindo de Estella, vimos os primeiros vinhedos do Caminho.



Lá no horizonte, Cirauqui. Impressionante como as cidades mediavais eram todas de casas  “amontoadas”. O morador cuspia pela janela e o cuspe caia no quarto da casa do outro lado da rua.  Moravam no aperto, mas por falta de espaço não era.
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Cirauqui.

A lenda da ponte do moinho

O primeiro peregrino que descreveu o Caminho de Santiago foi Americo Picaud, que no século 12 escreveu o “Codex Calixtinus”, onde conta como os habitantes de Cirauqui roubavam os peregrinos que viajavam a cavalo. Os habitantes indicavam um bebedouro para dar água aos cavalos. Esse bebedouro, no rio Salado, era envenenado e os cavalos morriam. O pobres peregrinos não tinham então como carregar os bens, e eram então atacados e roubados

Pequena ponte mediaval, romana, logo após Cirauqui.

Proximo a Lorca





Coisa bem comum no Caminho: não há ninguem atendendo, o peregrino se serve e deixa na caixinha o valor que ele julgar justo.

Essa plantinha amarela é canola. Eu acho que ela está virando praga,  erva daninha. Com certeza é exotica e foi introduzida. Em 40, 50 anos, vai virar uma dor de cabeça ambiental enorme.

Era época de floração das tulipas.
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Parroquia de San Salvador em Lorca.

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A 18 km após Puente la Reina chega-se a cidade de Villatuerta . Bonita igreja na cidade, Iglesia de la Asunción, com bonito retábulo. Ao lado da Igreja, um estátua de San Veremundo, patrono da cidade e dos peregrinos. São Veremundo foi frade e Abade do Monastério de Santa Maria Real de Irache. No século 11 passou a maior parte da vida cuidando do caminho e dos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.

Ao lado  da Igreja, há uma pequena fonte de água potável, e ao lado dela uma placa em homenagem a São Veremundo.


Pequeno retábulo da Iglesia de la Asunción, com São Jorge em cima.

Outro pequeno retáblo.

Retábulo principal da igreja.

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Villatuerta – ponte mediaval sobre o rio Iranzu. O carinha no meio da ponte, de braços abertos é um taiwanês (chines de Taiwan) que conhecemos. O ingles dele era pré-ante-basic, não falava nem entendia “the book is on the table”.
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Pouco antes de chegar a Estella, está a Iglesia del Santo Sepulcro, com belissimo timpano (parte triangular superior do portal). Nas laterais da porta, há doze nichos, seis de cada lado, com os 12 apóstolos de Cristo.

O timpano é dividido em tres níveis. Acima, Cristo cruxificado. Embaixo, a ultima ceia.

No centro, tres cenas : a esquerda, tres Marias visitam o sepulcro de Jesus; no centro o massacre dos inocentes; e a direita “noli me tangere”.


Os apóstolos do lado esquerdo (creio que Tiago Maior seja o primeiro, com cajado na mão (o cajado está quebrado).

Os apóstolos do lado direito.
Gostaria de ter entrado na igreja, mas estava fechada.
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A cidade de Estella é um amaranhado de ruas, dificil de se andar sem se perder. Andar aí, só mesmo com o Maps do Google.

No caminho ao hotel, passei por essa pequena Plaza de Toros (Arena de touradas), em estilo mourisco.

From “Camino de Santiago”, John Brierley, Ed. Camino Guides.

Chegamos em Estella cedo, as 15:30. Porem nosso hotel ficava longe do centro (e do Caminho), na periferia. Quando fizemos o Check-in, já se passava das 16:10. Quem for reservar hotel, observe que as vezes ele fica longe, retirado. Sem o Maps do Google, ia passar por grandes dificuldades para encontrar esse hotel.

Por ficar longe do centro, acabei não tirando muitas fotos de Estella, por que não voltei ao centro para fazer um city tour. E também fui obrigado a jantar no restaurante do hotel pois os demais ficavam no centro.

Após o check-in fomos até um supermercado perto, o BM,  o melhor de todos que encontramos no Caminho.

No dia seguinte, saindo do hotel, andamos mais 1,5 km até chegar ao Caminho.