O caminho de San Juan de Ortega até BURGOS

26,1 KM   29 de abril de 2018.

O caminho volta a ficar mais bonito, com mais árvores e até algumas flores.
Apos 6,0 km chegamos a Atapuerca

Tulipas em Atapuerca


O caminho começa a ficar também cheio de pedras, dificil de se andar.

Homenagem ao historiador Luciano Huidobro y Serna, que em 1949 publicou uma extensa obra de tres volumes, sobre o caminho (“Las Peregrinaciones Jacobeas”)
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Paramos em Villafria para lanche, perto do meio-dia. Recomendo este bar-restaurante, Buenos Aires.

Logo após Villafria, já proximo a Burgos, encontramos uma pequena e bonita cruz.


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Perto das 16:00 chegamos no centro de Burgos, na Catedral. É para mim a cidade mais bonita do Caminho e por isso, acertadamente, reservei um dia livre nela.  Fundada como fortaleza em 884, foi elevada à categoria de sede episcopal em 1029. Durante os séculos XV e XVI foi um importante centro comercial. Burgos foi sede do governo do ditador Francisco Franco


From “Camino de Santiago”, John Brierley, ed. Camino Guides.

Bonita fonte em frente a catedral.

Burgos tem várias estátuas como essa, espalhadas pela cidade. Creio que tratam-se de homenagem aos ofícios.

Estatua de mulher vendendo castanhas portuguesas.


Mapa do centro de Burgos
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O Paseo Espolón, com seus platanos (árvores) é bonito no verão. Infelizmente, estavamos no inicio da primavera e elas estava “peladas”.

O Paseo Espolón, no verão (foto : Googlemaps)

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O Arco de Santa Maria foi construido originalmente entre os séculos 14-15. Era uma das doze portas de uma fortaleza que cercava a cidade. Entre 1536 a 1553 foi totalmente remodelada pelos artistas Juan de Vallejo e Francisco de Colonia, dando o aspecto atual, em pedra branca. As estatuas que enfeitam o arco são de personagens ilustres da cidade e de Castilla, entre eles estão El Cid e o imperador Carlos I. Acima do arco, Virgem Santa Maria, padroeira da cidade.

Estatuas centrais do arco. Em cima, no meio, o Rei Carlos I. ao seu lado direito (empunhando um espada), El Cid Campeador. Olhando bem, parece tudo igual, a mesma cara…
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Não muito longe da Catedral, encontra-se a belissima estátua de El Cid Campeador. É uma estatua dificil de se fotografar por causa dos predios aos fundos (background, quem é fotografo sabe disso) e da cor da estátua . El Cid foi um dos maiores herois da história da Espanha. Ao mesmo tempo, foi um mercenário, sem escrupulos. Mesmo assim, é um dos mais fascinantes personagens da história da Europa.

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Com bastante tempo sobrando, aproveitamos para ir ao famoso Museo de la Evolucion Humana de Burgos, num predio moderno e suntuoso. O Museu retrata a evolução humana nos tempos pré-históricos. Destaque para os cranios de 15 sub-especies de nossos antepassados.

O moderno prédio do Museu da Evolução Humana

Uma série de grandes paines retratam animais já extintos.

Cranio de um Kenyanthropus platyops, que viveu entre 3,3 a 3,5 milhões de anos atrás.

Cranio de um Homo heidelbergensis, que viveu entre 600.00 a 160.000 anos atrás.

Homo georgicus – viveu há 1,6 milhões de anos.

Maquete de um acampamento pré-historico de Homo sapiens (somos nós !).

Representação de cerimonia funerária de um Homo neanderthalensis morto. Foi a primeira sub-especie humana a respeitar a memoria dos mortos, um sinal de aparecimento de espiritualidade entre os humanóides.
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O palacio de los Condestables de Castilla, conhecido popularmente como casa del Cordón (casa do Cordão), é um palacio originario do século XV, construido por um nobre chamado Pedro Fernandez de Velazco. Era um edificio de grande beleza, porem encontra-se hoje totalmente modificado em relação ao original. Sobre a porta principal existem escudos que estão envoltos por uma corda com nós de cordão de São Francisco, esculpidos em pedra. Dona Mencia de Mendoza y Figueroa, esposa de Pedro Fernandez era devota a São Francisco de Assis e mandou esculpir esse cordão, daí o nome popular da casa.

A casa del Cordón foi sede de importantes eventos da história da Espanha. Em 1497 os reis católicos Isabel de Castela e Dom Fernando II de Aragão receberam neste palácio Cristóvão Colombo, após sua viagem de descobrimento das Américas. Há uma placa no local rememorando este fato.

O que resta hoje é um pouco do original. De grande beleza, restaram as duas janelas frontais e a porta principal.
O predio hoje abriga um centro cultural e a sede central de um banco, proprietário do imóvel.

Casa del Cordon – o cordão de S. Francisco

Casa del Cordon – janela original

O cordão que São Francisco usava como cinto representa os votos feitos a Deus. Os três nós presentes no cinto simbolizam os votos de pobreza, castidade e obediência. Não sei por que motivo o cordão da  Casa del Cordon tem cinco nós.  Por pura ignorancia, a maioria dos artistas retratam o santo com o cinto de corda sem os tres nós.
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Passando em frente ao Teatro Municipal, paramos para ver a Casa dos Gigantillos, anexo ao teatro. Por azar, estava fechada. É uma exposição de bonecos gigantes, que são usados em algumas datas festivas da cidade.

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