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Caminho Português Santiago Compostela (Lisboa a Porto)

Etapa 04 - de Santarem até Golegã (34,4 km)
Etapa caminhada em 07/06/2019

A saída de Santarém para Golegã é pela Ponte do Alcorce. A poucos metros desta ponte, há uma bonita fonte, o chafariz de Palhais.
Após a ponte, o caminho segue por uma estrada rural muito agradável. 
Santarem - saída para Golegã
Saída de Santarem

Após 12 km, chegamos a um povoado chamado Vale de Figueira, ultima chance de se comer alguma coisa. De fato, andamos os 13 km adiante entre plantações de brócolis e tomate.
Plantação, nunca vi tanto brócolis na vida !

Fomos alcançados por uma peregrina irlandesa, acho que foi a única do dia. Conversamos, tiramos fotos. Há pouquíssimos peregrinos neste Caminho Central, pelo menos nesta época. 

A grande falta nesta etapa foi a de uma área de descanso (resting área), não há absolutamente nenhuma. A certa altura, passamos por um bonito bosque, com arvores grandes e bastante sombreiras, eu creio que eram pereiras. Pensei, ali poderia ser construído uma área de descanso.
Continuamos, deparamos com três grandes carvalhos, enormes, belíssimos.


Solange no caminho...



Chegamos a um povoado, Azinhaga. Levamos sorte, estava acontecendo uma festa (Festa do Bodo) na cidade e por isso ela  estava enfeitada e havia uma espécie de quermesse acontecendo. Perguntamos por um local para se comer, nos indicaram a quermesse. Ali comi sardinhas na brasa. 
Azinhaga, a cidade estava enfeitada com adornos simples, mas estava bem bonita.

Cartaz da Festa do Bodo

Depois de almoçar, fomos até a casa aonde nasceu o grande escritor português José Saramago. Dele, eu li dois grandes clássicos : "Ensaio a cegueira" e "Jangada de pedra".
Casa aonde nasceu Saramago, Premio Nobel de Literatura

Monumento a Saramago, em Azinhaga

Depois de Azinhaga, caminhamos por 7 km pela rodovia N365, com transito intenso, até chegar a Golegã. Havia uma opção para desviar da rodovia, mas ela ia aumentar mais ainda a quilometragem da etapa, que já era grande.

Um monólito, indicando o Caminho.

Um belo azulejo, em homenagem a Golegã, "a aldeia mais portuguesa do Ribatejo"

Golegã

Sapateiros. Azulejo em Golegã. 
Fomos ao hotel, na verdade uma casa transformada em hotel, bem ao estilo Airbnb. A cama era improvisada com pallets. Um perigo, pois há uma tendência de dar uma topada com o pé no pallet, pois o colchão é menor.

Cama no hotel, agora é moda fazer camas usando pallets. 
Um azulejo em Golegã, São Martinho.
Fomos jantar num bom restaurante, com esse nome engraçado. "cú" em Portugal quer dizer "traseiro"

Restaurante O cú da mula
Poleirinho em Golegã


 
Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Golegã




Templo quinhentista de três naves, separadas por arcos diafragma ogivais, onde sobressai, na fachada principal, um magnífico portal manuelino com um arco cairelado ladeado por colunas torsas. O interior, também manuelino, é enriquecido com alguns elementos modernos, como o púlpito renascentista e os azulejos setecentistas da capela-mor.

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