Santarem-Portugal-Caminho-Portugues-Santiago

Caminho Português Santiago Compostela (Lisboa a Porto)

Etapa 04 - de Azambuja até Santarem

Etapa caminhada em 05/06/2019 (33,2 KM)

Etapa bastante fácil, entretanto muito longa. O trecho mais bonito é a partir de Valada, quando então o caminho segue sobre um dique de contenção das enchentes do Rio Tejo.

Solange na saída de Azambuja

A saída de Azambuja é pela estação de trens, atravessando a ferrovia e seguindo pela estrada N3-3.

Saida de Azambuja para Santarem

Vila de Valada - a direita, o dique do Rio Tejo.

Caminho sobre o dique do Rio Tejo (rio a direita)

Descemos do dique para ir ao Café Cardoso, em Valada, é a última chance de se comer alguma coisa. Depois, só em Santarém.

Café Cardoso

Continuando pelo dique

Já próximo a Santarem

A cidade de Santarem
Ficamos um dia, além do dia da chegada, em Santarem, para descansar e também para visitar a cidade.

A Igreja de Santa Maria de Marvila, representativo do manuelino e do renascimento, não tem nada de sua configuração original, sendo seu formato atual resultado de várias reformas que sofreu ao longo dos séculos.

Não se sabe ao certo a sua origem, acredita-se que era uma mesquita islâmica, construída pelos mouros. Após a expulsão dos mouros de Santarem, passou a pertencer a igreja católica, que executou algumas reformas. Em 1159 ela foi doada por D. Afonso Henriques à Ordem dos Templários. No século 16, foi totalmente reformada e ampliada, datanto desta época o portal principal. Os azulejos das paredes foram aplicados entre 1617 a 1639. O teto foi pintado em 1630.

Igreja de Santa Maria de Marvila

Igreja de Santa Maria Marvila - nave

Portal em estilo manuelino

Recipiente para agua benta, em Igreja Santa Maria Marvila

Orgão em Igreja de Santa Maria Marvila

Azulejos-Igreja de Santa Maria de Marvila

Chafariz de Palhais em Santarem, Portugal

Mascherone em Chafariz de Palhais em Santarem, Portugal

Igreja de São Joao de Alporão

Nos séculos XIII e XIV, a igreja integrava um complexo monacal, que se chamava Mosteiro de São João do Hospital. Supostamente uma das funções do templo teria sido proteger o acesso militar à cidade pelo lado leste e vigiar a entrada de judeus na cidade.

Igreja de São João de Alporão, Santarem, Portugal

A fundação deste templo deve-se à Ordem de São João do Hospital, cuja fixação em Santarem aconteceu entre 1159 e 1185. O período exato da construção da igreja é desconhecido, apesar de não restarem dúvidas de ocorreu nas últimas décadas do século XII.

A igreja era inicialmente ladeada por uma pesada torre românica circular, no seu lado norte, que reforçava o caráter fortificado do conjunto. Esta torre foi demolida em 1785 para permitir a passagem do coche real de D. Maria I, numa visita desta soberana a Santarém.

Com a extinção das ordens religiosas masculinas em 1834, a igreja perdeu suas funções religiosas e passou a servir de teatro, até que, em 1877, ali foi instalado o Museu Distrital de Santarém, antecedente do atual museu.

Igreja de Santa Maria da Graça

Também conhecida como Igreja de Santo Agostinho da Graça, foi construída a partir de 1380. O claustro, a partir do século 16. Nesta igreja encontra-se o túmulo de Pedro Alvares Cabral. Após o descobrimento do Brasil, Cabral decidiu mudar-se para Santarém, onde faleceu.

Igreja de Santa Maria da Graça (ou Santo Agostinho da Graça)

Igreja - nave

Tumulo de Pedro Alvares Cabral

Igreja Santa Maria da Graça em Santarem, Portugal

Em 1968 foi inaugurado em Santarem um monumento a Pedro Alvares Cabral, para comemorar 500 anos de seu nascimento.

Placa inaugural do monumento

Monumento a Pedro Alvares Cabral, em Santarem, Portugal

Mercado Municipal de Santarem - azulejos

O Mercado foi inaugurado em 1928. Suas paredes são recobertas por 63 painéis em azulejo, criados pela Fabrica Aleluia, em Aveiro, e conta a história da agriculta e comércio no Rio Tagus.

Fecha ao meio-dia. O mercado está meio abandonado, com poucos comerciantes atuando nele. Presumo que seja devido a sua localização, em local de dificil estacionamento.

Fotografei quase todos os painéis, dei tratamento em quase todas as fotos. Foi um trabalhão danado. Penso que o trabalho que segue é inédito na internet. Não consegui identificar o significado de cada painel, o que ele representa. Não encontrei nenhum site português que me informasse.
As fotos foram recortadas na edição, retirei a moldura por três motivos : diminuía a resolução da gravura; a moldura é muito rebuscada, barroca e atrapalhava a apreciação da gravura; todas as molduras são iguais.