O Caminho de Santiago de Compostela–apresentação do blog

Fizemos o caminho Frances, eu e minha esposa, Solange, entre abril e maio de 2018. Este blog descreve as coisas mais interessantes do Caminho, e passa algumas sugestões para quem deseja um dia fazer esta fantástica jornada. 

Solange e Claudio, no inicio da caminhada.

A principio, não quis fazer deste blog um relato pessoal, deveria ser um blog sobre o Caminho, sobre as coisas do Caminho,  e não sobre a caminhada. Entretanto, com as postagens sendo feitas, julguei que o blog estava ficando um pouco frio, sem “calor humano”, muito ao estilo europeu e americano (que são bastante práticos e diretos). Fiz alguma revisões e passei a relatar coisas que aconteceram conosco, passagens interessante, para dar ao blog uma sensação de movimento, de caminhada, de jornada.

Arte Sacra e a Igreja Católica no blog

Sendo o Caminho de Santiago uma rota religiosa, de peregrinos professando sua fé, ao decorrer dos séculos igrejas, ermidas,  monumentos religiosos, albergues católicos, etc foram erigidos para atender as necessidades físicas e espirituais dos peregrinos. Por isso, o caminho é salpicado com um riquíssimo patrimônio arquitetônico, artístico-religioso. Também deve se considerar que a História da Espanha é fortemente ligada à Igreja Católica. A invasão mulçumana no século VII, fez com que a Igreja Católica marcasse forte presença na península Ibérica, construindo grandes mosteiros, castelos militares e catedrais, para impedir a dissiminação do islamismo.   Vale lembrar que foram  Espanha  e Portugal, os dois paises responsáveis pela dissiminação do catolicismo no mundo inteiro. Se voce, leitor, é católico, saiba que o catolicismo foi trazido ao Brasil pela Companhia de Jesus, uma ordem portuguesa, que enviou os Jesuitas ao Brasil.

Apreciador de artes em geral, desde criança, acabei me empolgando com esse ambiente rico de arte sacra, isso fez com que o blog ficasse com cara de “blog de arte sacra”.

Escrever é viver...

Passei oito meses escrevendo este blog, abandonando-o e retornando a escrever de tempos em tempos. Foi uma tarefa divertida, que até me emocionou em muitos momentos, foi como fazer a caminhada novamente, mas desta vez, foi uma caminhada “cibernética”, virtual !

Essa viagem imaginária, que foi escrever este blog, fez com que eu não me importasse se ele teria ou não boa aceitação na www, este turbilhão de informações. Pensei, será apenas mais um blog de viagem, no meio de zilhões de blogs semelhantes. Mas, a certa altura, não mais me importei em “audiência”, o blog seria para mim um depósito de minhas lembranças desta caminhada.

Para os amigos que me pedem dicas e conselhos sobre esta viagem, fiz alguns post sobre comida, restaurantes, navegação, preparação, etc.

Como tudo começou

Eu ouvia falar do Caminho Frances, oitocentos quilômetros. E pensava “que doideira, que bobagem...andar 800 km, feito um zumbi, só pode ser coisa de bicho grilo...”. Para mim era coisa de gente que gosta de esoterismo, que acredita em mapas astrais e conversa com flores e estrelas. Nunca levava a sério essa idéia de se fazer o Caminho.

Um dia um amigo resolveu fazê-lo. Preparou-se, partiu. Voltou depois de caminhar 7 dias, teve um pequeno problema de saúde, nada sério, mas que o impedia de caminhar. Conversando, via nele um misto de empolgação, de frustração e de ansiedade. Voltou empolgado com a experiência, frustrado por não ter conseguido continuar e ansioso para voltar. Poucos meses depois, refez a mochila e completou o caminho, me deixando com uma pulga atrás da orelha.

Pouco depois disso, fui a uma palestra numa loja de artigos para hiking e trekking, aqui de Curitiba (a Território). Era, claro, uma palestra sobre o Caminho, sai dela super convencido que devia fazer a caminhada.

Fica aqui uma certeza : após navegar por este blog, voce vai querer fazer essa caminhada.

Boa leitura a todos !

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