O caminho de Pamplona até PUENTE LA REINA

- maio 27, 2018

Domingo, 22/04/2018 - 23,8 KM

Levamos 45 minutos para sair da zona urbana de Pamplona.

Saindo de Pamplona…
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No km. 08, se o peregrino sair da rota e andar 500 metros, chegará às ruinas de Guenduláin. Construido no século 16, pertenceu a um senhor riquissimo, o Conde de Guenduláin. Posteriormente, no século 17, uma igreja foi construida, anexa ao palácio. Um cemitério foi construido também ao lado, porem as tumbas foram quase todas saqueadas. O local se encontra hoje abandonado, em ruínas.

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Iglesia de San Andres em Zariquiegui.

Pouco após o povoado de Zariquiegui, encontramos a Fonte Reniega. Conta uma lenda que neste local se encontrava um peregrino sedento, quase a morte por desidratação. Apareceu o Diabo em forma de uma linda moça e ofereceu ao peregrino a possibilidade de ele beber água, desde que se renegasse Deus, mas o peregrino recusou a oferta. O Diabo, refez a proposta, pedindo ao peregrino que ele renegasse a Virgem Maria. Novamente, houve a recusa da proposta. Por fim, o Diabo propos que se renegasse a São Tiago. Diante de mais uma recusa, o Diabo desapareceu numa explosão, e no local dessa explosão um jorro de água fresca apareceu. Este jorro de água é esta fonte.

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No km 13,5 chegamos ao Alto del Perdón. Ali está o monumento mais famoso e mais fotografado do Caminho. O Monumento ao Peregrino, construido em 1996, retrata uma caravana de peregrinos de diferentes eras, desde a Idade Média. Alguns peregrinos de mulas e há um estranho animal que se parece com uma lhama. Neste local, até a metade do século 19 existia uma pequena capela dedicada a Santa Maria do Perdão, daí o nome do local.

Subimos até ao alto de uma colina, para ver uma das torres eólicas de perto.
Lá embaixo, o monumento.
As torres eólicas tem 40 metros, e as pás, 20 metros.
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Povoado de Uterga
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A tardinha, já as 15:30, um pouco cansados, chegamos a Muruzabal, um pequeno povoado. Pretendiamos visitar a Igreja de Santa Maria de Eunates, mas ela fica a 2 km de Muruzabal.

Com a volta, seriam mais 4 km de caminhada. Decidimos não visita-la. Mais tarde, nos arrependemos desta decisão, é uma das mais bonitas igrejas do Caminho. Alem disso, olhando o mapa depois, constatei que não iam ser 4 km a mais, e sim 2,5 km.

A Santa Maria de Eunates foi construida no século 12, em estilo romanico. Ela preserva ainda dois porticos, com esculturas de figuras folclóricas da região.

O Caminho de Muruzabal até Obanos.
Caminho alternativo para Santa Maria de Eunate em laranja.
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Paramos para um breve descanso na Igreja de San Juan Batista, em Obanos

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Já perto de Puente la Reina, encontramos este bonito monumento ao peregrino. Solange na foto…

A cidade de Ponte la Reina, para os padrões do Caminho, é “cidade grande”, com 2.800 (censo 2016) habitantes.

A cidade ganhou este nome em função de uma bela ponte românica do século 14 cuja construção foi a pedido da rainha Muniadona, esposa do rei Sancho III. Ela mandou construir a ponte para atender aos peregrinos, e a cidade ganhou este nome “Ponte da Rainha”.

A Igreja de Santiago Maior e São Pedro foi construída no século 12, sofrendo após a fundação sucessivos aumentos. Foi reconstruída no século 16, restando pouco do original. A fachada é românica, com um belíssimo portal mourisco. Sua planta é em forma de cruz e sua abóboda oval. O interior da igreja conserva várias pinturas, esculturas e retábulos, com destaque ao retábulo maior, so século 18, dedicado a Santiago. Ainda no seu interior, duas grandes estátuas, de São Bartolomeu (em pedra policromada) e de Santiago (esta em madeira, é conhecida como “Santiago Negro”, pela sua face escura).