Molinaseca ----> Villafranca del Bierzo
O caminho de Molinaseca até Villafranca del Bierzo
Etapa caminhada em 15/05/2018 (30,6 km)
Hoje saimos de manhã já cientes de que o dia seria longo e cansativo. São 30,6 km até o nosso próximo destino, Villafranca del Bierzo. Entretanto, estávamos cientes de que haveria uma parada longa em Ponferrada, para visitar o Castelo dos Templarios.
(Para saber sobre as ordens militares, clique aqui)
(Para saber quem foram os Templarios, clique aqui)
Ponte Mascaron, sobre o rio Boeza, Ponferrada
From “Camino de Santiago”, John Bierley, Ed. Caminos Guides
O Castelo dos Templarios em Ponferrada
Paradinha obrigatória em Ponferrada.
Em 1178 o rei Fernando II de Leão (1157-1188) doou a povoação de Ponferrada e seus domínios aos cavaleiros da Ordem dos Templários, encarregando-os da missão de defenderem os peregrinos naquele trecho do Caminho. Em finais desse século, visando incrementar o seu povoamento e defesa, os Templarios decidiram reformar e ampliar uma antiga fortaleza romana. As obras se extenderam por décadas, sendo finalizadas em 1282.
O Castelo dos Templarios, em Ponferrada.
Com a extinção da Ordem dos Templarios, em 1311, iniciou-se uma disputa entre familias nobres da região, pela posse do castelo.
Por fim, em 1340 o rei Afonso XI de Castela doou-o a Pedro Fernandes de Castro, e daí se manteria nas mãos dos Castro até 1374. A partir desse ano, a posse do castelo transitou entre diversos e sucessivos membros da família real.
Em 1440, Ponferrada passou para a posse de Pedro Álvarez Osorio, um nobre da região, que mandou fazer grandes ampliações no Castelo. Entretanto, em 1486 o Castelo voltou a ser propriedade da coroa, caindo então no esquecimento.
Com o passar dos séculos, o Castelo sofreu um desmanche, vandalismo, com as pedras sendo usadas para construir outros prédios da cidade.
Em 1923, um grupo de jovens da cidade criou um time de futebol, e decidiram construir um campo de futebol no interior do que restou do Castelo. Começaram a derrubar muros e torres para dar lugar ao campo. O povo se indignou e cobrou providencias, salvando o castelo das mãos dos jovens. Finalmente, o local foi declarado Monumento Nacional Histórico Artístico em 1924.
Entre 1995 e 2002, com recursos oriundos do Ministerio de Cultura, da Junta de Castilla y León, da Diputación Provincial de León e do Ayuntamiento (prefeitura) de Ponferrada, executou-se um vasto projeto de intervenção arqueológica e restauro do monumento, voltando ao seu estado original.
Patio interno do Castelo
Campanário da basilica Virgen da la Encina, visto do Castelo dos Templarios.
Encontramos essa brasileira, de casaco cereja. Ela disse que tinha entrado num tunel lá embaixo, na beiro do rio e que tinha subido até a essa entrada, que estava fechada com grade. Ficamos analisando o que seria esse tunel, e descobri que era para buscar água no rio. Quando o castelo foi construido, certamente tentaram cavar um poço, mas não acharam água.
Um tunel descia até as margens do rio, e dali subiam com a água, chegando a entrada (foto acima).
Esquema do tunel
Uma catapulta mediaval.
Uma escultura de Venancio Blanco, relembrando uma lenda : durante a construção do castelo, um cavaleiro templário encontrou dentro de um tronco de árvore a imagem da Virgem Maria.
Prefeitura de Ponferrada.
Cruzeiro, na saida de Ponferrada
Ermida de Nuestra Señora de Compostilla.
Fuentes Nuevas – ergueram um poste alto para a cegonha fazer ninho.
Ninho de cegonha em Puentes Nuevas
Vinhedos proximo a Cacabelos
Uma ermida em Cacabelos.
Uma engenhoca (lagar) para prensar uvas.
Uma placa explica o funcionamento do lagar. Uma rosca sem fim (a direita) ergue e abaixa o tronco, que serve de peso para prensar as uvas.
Uma pequena igreja em Cacabelos, Espanha
Faltaram os pontos de interrogação :
? Peregrino quien te llama ?
? Que fuerza oculta te atrae ?
Monumento ao peregrino em Villafranca del Bierzo.
Ponte em Villafranca del Bierzo
Iglesia de San Francisco (sec. 13) em Villafranca del Bierzo.
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